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terça-feira, 26 de outubro de 2010

   Carta Para Uma Irmã

   E depois das nossas discussões e desavenças, eu sempre me pego me recordando de tudo que já vivemos. Lembro-me de quantas vezes brigávamos, discutíamos e dizíamos coisas horríveis uma à outra e que depois de menos de quinze minutos já estávamos juntas de novo, sorrindo como se nada tivesse acontecido.
   Mas agora parece que tudo mudou, quer dizer, ainda brigamos, discutimos e falamos asneiras uma a outra, mas já se passaram quinze, trinta, sessenta minutos e ainda não nos encaramos, e as feridas feitas pela briga ainda não se fecharam.
   E eu costumo sempre tapá-las com palavras. Algumas que acho soltas no mais profundo dos meus pensamentos, aquelas poucas que já me disse e que me agradou, me alegrou. Mas ainda ficam aqueles vácuos, sabe..aqueles que não é possível ser penetrada nem com as poucas palavras. E antes que eu termine de preenche-las, você volta pior, me dando sempre as costas, me julgando, ficando contra mim em tudo, resumidamente TUDO. É sempre assim.
   E eu já me acostumei, mas não sei se vou sempre suportar, se vou conseguir tapar meus ouvidos e fechar os meus olhos para isso. É muito para eu suportar, é de mais pra mim. Porque já não há mais um dia em que não discutimos, nem uma noite que você não me diga coisas pra me magoar, e isso já é tão do seu comum, que você já nem percebe.
   O motivo disto? Eu também não sei ao certo, e nem sei se vale a pena realmente eu ter a certeza, porque este motivo, sendo ele qual for não vai deixar de existir nem desaparecer, porque se ele consegue abalar tanto nossa relação é porque de alguma forma ele é importante pra você.
   Magoa-me dizer, mas é bom que ele realmente exista e que você também seja de bastante importância pra "ele", pelo menos eu vou poder deixar as feridas se dissiparem normalmente, sem pressa, sem essa minha necessidade súbita de fazê-las sumirem, deixando de me preocupar com a falta que vou lhe fazer.
e até chorar eu já chorei

BY: Carinne Garcia.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pra você eu desejo muito mais do que PAZ!


   Eu olho a sua volta e vejo que todas as coisas que a rodeia estão se movimentando e você está parada no tempo por dias afirmando viver em paz. Pergunto-me o que te prendeu neste lugar singular, vindo como única resposta que as coisas acontecem quando tem que acontecer e com quem deve acontecer. 
   Talvez aí, você consiga destruir este compasso que é sua vida. Pare de viver simetricamente, em uma circunferência medida.
   Aceite opiniões, você não é de metal, não por dentro. Então viva sentimentos, aceite seus erros, aprenda com eles e com as pessoas que estão ao seu lado. Ah, e não as trate como rivais, como seres estranhos, somos humanos. Apesar de você estar dentro dessa armadura, sei que sente o calor que transborda do meu corpo, e dos corpos que lhes rodeia e compreenda que não te queremos mal, só queremos conviver com uma outra humana, sem este compasso da tua vida, aproveite e dilua pelo menos a metade dessas tuas armaduras com sentimentos verdadeiros, esquece todas essas suas amarguras  feitas e recebidas. 
   Agora abra teus olhos, veja como o tic tac do relógio sussurrando de leve nos teus ouvidos.
Sinta o prazer de querer tudo o que  desconhece, pouco do que conhece e agora sim, muito do que reconhece. Queira mais, muito mais do que essa tua paz!


BY: Carinne Garcia.